sábado, 9 de novembro de 2019

Estresse do professor - Como reduzir




Crônicas dos fins de semana – 09/11/2019

Hoje:

Como reverter a situação estressante do PROFESSOR RIVOTRIL

Em muitos dos meus vídeos, textos, palestras e cursos, tenho enfocado a dificuldade do aluno de inclusão em ser aceito como aluno da sala regular, e tenho dado algumas dicas, tanto para pais, como para professores e terapeutas.

Na maioria das vezes o meu foco é o aluno, mas dessa vez o foco será o professor e o seu estressante trabalho em uma sala regular, mesmo sem a presença de alunos de inclusão, ao passar parte da aula pedindo atenção, pedindo que sentem, pedindo que parem de falar, exigindo que anotem, que façam as tarefas, que apresentem os trabalhos, e tudo o mais.

Obviamente uma aula onde isso ocorre tem todas as características de uma aula estressante, fazendo com que o professor fique a cada dia mais desestimulado pela própria profissão.

Se esse professor dá diversas dessas aulas em um mesmo dia, é claro que não terá nenhuma disposição para se atualizar, estudar, pesquisar sobre sua matéria, porque seu nível de estresse estará sempre acima da média.

Para estimulá-lo a continuar seu trabalho, surgem profissionais de coaching, tentando elevar a autoestima do docente, por meio de palestras de motivação.

Mas não aparece quem mostre algum tipo de fórmula para reduzir essa, já imensa “bola de neve”, aumentando a cada dia e levando muitos a se refugiarem em medicamentos controlados. Por isso a alusão ao Professor Rivotril.

E hoje nós viemos tratar exatamente desse tema.

Muitos professore, do Pará ao Rio Grande do Sul, já estão livres dessa rotina estressante, por terem conseguido adaptar a sua metodologia de sala de aula, conseguindo dar o grande passo da transferência de responsabilidade pelo aprendizado.

Sim!

Vamos ver como funciona?

O papel do aluno, numa sala de aula tradicional, é o de um SER PASSIVO, ou seja, aquele que está sentado, com o caderno aberto, RECEBENDO as informações passadas pelo professor.

O professor é o SER ATIVO que ensina os conteúdos.

O aluno é o SER PASSIVO que ouve e procura entender os conteúdos passados pelo professor.

Todos sabemos que um SER PASSIVO estará atento durante toda a aula apenas se, por algum motivo muito especial, ele estiver muito interessado no conteúdo, ou se gostar muito do professor.

Se não houver todo esse interesse ele terá, no mínimo, alguns momentos de dispersão, e isso acarretará dificuldade na sua aprendizagem.

Com isso, a depender do aluno, ele procurará fazer alguma outra coisa mais interessante, como conversar com o colega ao lado, sair para ir ao banheiro ou beber água, jogar uma bolinha de papel em um colega ou, se não houver proibição rigorosa de uso de celular, ele visitará as redes sociais.

Lógico que o rendimento desses alunos não será o esperado pelo professor, que verá, no momento das avaliações, que seu trabalho, além de estressante, não surtiu efeito.

Então o que temos que fazer é encontrar um meio de inverter essa realidade da sala, transformando o aluno em ALUNO ATIVO, passando a ser ele o protagonista da sua aprendizagem.

Mas como fazer?

Os detalhes estão no meu último livro: Inclusão Responsável, no capítulo Metodologias Inclusivas.

E, a propósito, no dia 30 de novembro daremos um curso sobre esse método em Itaberaba, na Bahia.

Leiam esse capítulo desse meu quinto livro, assistam os vídeos sobre a metodologia dinâmica grupal 
em meu canal no youtube, e vamos tirar todas as dúvidas nesse curso em Itaberaba.

Como nossa intenção, nessa crônica, é dar elementos para a reflexão de final de semana, aqui vão algumas dicas do método, para que todos possam analisar, criar em cima das ideias, pensar nas alterações que poderão ser feitas na sua própria metodologia e planejar as experimentações em sala de aula.

1ª dica: o professor, no início da aula, faz um verdadeiro marketing do assunto, procurando despertar o interesse de todos.

2ª dica: o professor distribui os alunos em grupos operativos, para que os elementos do grupo trabalhem, em conjunto, as questões de seu roteiro de estudos, ou questionário, ou lista de exercícios.

3ª dica: o professor, a partir do início do estudo dirigido, senta junto com os alunos de cada grupo, quando analisa a performance de cada um, identifica as dificuldades que, em uma sala normal não teria como identificar, orienta a continuidade do trabalho, e avalia se precisa alterar a composição dos grupos na próxima aula.

Vantagens:

1ª vantagem: o professor, ao transformar o aluno em aluno ativo, transferiu para ele a responsabilidade de ele ser protagonista de sua própria aprendizagem.

2ª vantagem: o aluno inibido, que jamais diria que tem dificuldades de entendimento, agora está mais próximo do professor, e pode pedir ajuda sem que todos os colegas percebam.

3ª vantagem: o professor consegue identificar o nível de entendimento de cada um e, com isso, poderá alterar grupo de forma que os próprios alunos possam ajudar seus colegas.

Avaliação:

Durante a visita do professor aos grupos, todos já são, constantemente, avaliados, de acordo com o conceito correto de avaliação escolar, que é: identificar os conceitos não entendidos e procurar outra forma de ensinar o mesmo conteúdo.

Variantes:

Ao colocar uma metodologia com essas características em prática, podemos criar uma série de modificações ou complementos, para melhorar ainda mais o processo e termos resultados melhores ainda.

Um deles é, sempre que um grupo tiver alguma dificuldade de entendimento, em vez de o professor explicar, pedir a quem já entendeu, de outro grupo, uma visita de ajuda.

O aluno se sente estimulado e ativo o tempo todo.

O professor passa a ser um supervisor de aprendizagem, sem estresse, sem desgaste, sem Rivotril.

Dúvidas?

Entrem em contato, leiam o livro, inscrevam-se nas palestras e cursos que estejam previstos para a sua cidade, ou nas cidades próximas.

Se estivermos nos atualizando de forma continuada, certamente saberemos como reduzir nosso estresse e ter melhores resultados em nosso dia-a-dia.

Mandem suas sugestões, questionamentos e dúvidas, para que possamos, juntos, melhorar a educação nesse país e, ao mesmo tempo, melhorar bastante a nossa própria saúde psíquica e orgânica!

Forte abraço!


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