O autismo, o TDAH, a dislexia, a discalculia, as
deficiências em geral e todas as demais dificuldades de aprendizagem, deveriam
ser objeto de estudo de todas as universidades e centros de pesquisa.
Mas não é suficiente ser objeto de estudos, mas sim objeto
de pesquisas intensas, sem estar preso aos conteúdos básicos dos livros texto,
nem aos ensinamentos em aula.
Isso porque toda criança e, mais tarde, todo adolescente,
quando não é tratada corretamente ou quando não é acolhido de forma inclusiva
real, no seu período de educação básica, pode acabar sendo excluído, ou até ser
levado à auto exclusão, ampliando todos os nossos problemas sociais.
Muitos colégios de educação básica, cursos
profissionalizantes, cursos técnicos e cursos superiores continuam sem qualquer
mudança em suas metodologias de aula, sem qualquer adaptação curricular, nem
adaptação de conteúdo, para as pessoas com alguma dificuldade de aprendizagem,
e é exatamente essa falta de visão para a adaptação, que provoca a exclusão e
que amplia os problemas sociais.
E, mais ainda, vemos muitos profissionais que “pararam no
tempo” logo após a sua formatura, esquecendo que a atualização é a única forma
de não “andar para trás”!
Todas as faculdades, por exemplo, deveriam deixar bem claro
para seus alunos, que durante a sua formação, o que está sendo ensinado é a
base para que, após a sua formatura, tenham condições de estudar, mais a fundo,
todos os trabalhos que estiverem sendo produzidos no mundo, em sua área de
atuação.
Quando vemos profissionais que tiveram esse olhar e
perseguem a atualização, é muito gratificante.
No caso específico do autismo, quando encontramos
profissionais desse nível no acompanhamento e tratamento da criança, os
resultados são vistos com muita clareza em todas as salas de aula!
Sim, porque é na escola que temos condições de observar
esses resultados, tanto na evolução mais rápida da criança que não falava no
momento certo, que não conseguia se concentrar como os neurotípicos e que não
conseguia se comportar bem, assim como com os adolescentes, quando observamos a
sua evolução no comportamento, no desenvolvimento intelectual, e no equilíbrio
emocional.
Isso porque, quando são tratados como autistas (e nunca como
doentes psiquiátricos), ou seja, quando os sintomas são reduzidos um a um pelo
estudo e correção das suas causas intermediárias, e nunca com drogas que apenas
“camuflam” o comportamento inadequado, muitos deles, além de se livrarem
completamente de todos os sintomas prejudiciais ao seu desenvolvimento, à sua
autonomia e à sua socialização, criaram a sua forma própria de comportamento
ético tão perfeita, que acabam sendo melhores do que qualquer um de nós.
Esses são incapazes de fazer o mal ao outro, se preocupam
com o social, com o grupo, com a correção de atitudes e com a honestidade e
caráter, de uma forma completamente superior a qualquer outra pessoa
neurotípica.
Antes já sabíamos dessa característica nas pessoas com
Síndrome de Down.
Muitos dos meus amigos Downs hoje em dia surpreendem pela
correção de atitudes, pela honestidade “à toda prova”, e me ajudam a ensinar,
aos meus alunos neurotípicos, ou seja, ditos normais, algo que os leve à
construção do caráter.
Depois desses vinte anos acompanhando todos os tipos de
alunos no Colégio IUPE em Salvador-BA e observando os das escolas conveniadas
conosco, percebemos as mesmas características de caráter nos alunos com TEA.
Infelizmente, entretanto, esse desenvolvimento integral e
quase perfeito, sofre uma espécie de boicote permanente, já que, só conseguem
evoluir dessa forma aqueles que estão sendo tratados como autistas e nunca os
que estão sendo tratados como doentes psiquiátricos.
Nesse ponto é importante que todos saibam que drogas são
necessárias sim! Isso é muito claro! São a drogas desenvolvidas pela indústria
farmacêutica, assim como as vacinas, que estão permitindo o aumento da
perspectiva de vida da população mundial e conseguindo exterminar diversos
tipos de epidemias assassinas.
O que não é necessário é o uso de drogas de imediato, sem
que qualquer análise seja feita e sem que qualquer tratamento intermediário
tenha sido realizado, voltado para o ataque às causas intermediárias dos
sintomas.
Conclusão:
Precisamos deixar claro, para todos os formandos, que seu
trabalho de entendimento do assunto, cujo diploma acabou de receber, começa
após a sua formatura e se estende por toda a sua vida profissional.
Precisamos deixar claro para todos os profissionais de
educação, que cada aluno é uma realidade individual, e sua metodologia durante
as aulas tem que ser atualizada para que todos estejam aprendendo alguma coisa
todos os dias, sem exceção, a partir do que cada um sabe, e no nível de
entendimento de cada um.
Quem tiver alguma dúvida sobre esses pontos que apontamos e
que abordaremos aos poucos em nossos vídeos, entrem em contato.
Para quem gosta de ler, lembro que a educação, de uma forma
geral, com o acompanhamento de todas as fases de desenvolvimento da criança,
está no meu segundo livro: AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO.
Já a Formação da Personalisdade Sexual, em todos os seus
aspectos e com todas as dificuldades de entendimento por parte das famílias,
está no meu terceiro livro: SEXUALIDADE HUMANA.
E os detalhes mais importantes da Educação Inclusiva,
incuindo as metodologias educacionais responsáveis, estão no meu quinto livro:
INCLUSÃO RESPONSÁVEL.
E para quem estiver nas proximidades de Salvador, lembro que
teremos, no dia 25 de janeiro próximo, o curso METODOLOGIAS EDUCACIONAIS
INCLUSIVAS, na nossa sede em Salvador. As inscrições devem ser feitas até o dia
10 de janeiro, para que possamos ter uma noção de espaço a utilizar.
Informações e inscrições pelo (71) 3389-8232 ou pelo nosso
email: robertoandersen@gmail.com
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