Ensaio – 29/12/2019 – A demonização do não e a subserviência
à vontade do filho
Ontem me deparei com um comentário bastante interessante, em
minha escola, entre a coordenadora e a diretora, sobre a decisão de uma mãe de transferir
o filho para uma escola pública, pelo simples fato de que “o filho quer” e
pronto!
Também ontem li uma apologia ao “não”, muito bem escrita,
por sinal, mas demonizando o advérbio, como se ele fosse a causa de todos os
problemas do mundo, incluindo os crimes.
Segundo o texto, se tudo fosse permitido, não haveria
necessidade de leis, e não haveria criminosos.
As duas informações se complementam e seus resultados são
fáceis de serem observados em nossos dias, já que, embora ainda existam leis e
nem tudo seja oficialmente permitido, a sociedade está a cada dia mais
permissiva, logo, o comportamento social atual já pode servir como análise de
como seria a permissividade total.
No caso do “não” é fácil observar, já que grande parte das
famílias já não usam esse advérbio na educação doméstica, permitindo que o
filho, desde cedo, assuma o controle total de suas vontades, ficando seus pais
subservientes a ele.
Logo, basta analisarmos o comportamento social atual para
vermos como será a sociedade, quando essas permissividades se transformarem em
regra geral.
O melhor ambiente para se observar tais resultados é a
escola, já que nela está representada uma amostra da sociedade local.
Não vou comentar, hoje, sobre os adolescentes que se
consideram mais importantes que seus pais e que contestam suas decisões, achando
que já são maduros o suficiente para tomarem suas próprias decisões na vida.
Vou enfocar os que recebem “não” em casa e que, nem por
isso, se chateiam. Apenas cumprem. Os que esperam os pais dizerem em que mesa
devem se sentar no restaurante em vez de eles mesmo decidirem. Os que perguntam
aos pais se podem ou não ir a uma festa, ou à casa de um amigo e respeitam a
decisão dos seus pais. Os que respeitam as ordens de desligar o celular na hora
das refeições e antes de ir para o quarto. Os que sabem que quem escolhe a
escola que ele vai estudar é seu pai, já que é o pai quem pode analisar se a
escola vai ser produtiva ou não para a sua aprendizagem e a preparação de seu
futuro.
Quando observamos esses adolescentes, vemos que esses são os
que se apresentam sempre felizes, produtivos, empolgados com o aprendizado,
desenvolvendo a criatividade, inventividade e descoberta.
Esses não se preocupam com “querer algo diferente”, porque
foram acostumados, em casa, que o diferente será construído com seu esforço
pessoal, a partir de uma preparação intelectual, emocional e de caráter que,
começou em casa e se complementa na escola.
Esses, por enquanto, se divertem com o conhecimento que
adquirem e compartilham, com seus colegas e professores, as ideias que surgem,
a partir de pensamentos bem fundamentados, aprendidos em casa e na escola.
Esses dão valor à vivência de seus pais e procuram absorver
todos os ensinamentos que vêm deles, sem qualquer necessidade de contestá-los.
Esses são os que, mais tarde, terão sucesso na vida pessoal,
na vida familiar e, mais ainda, na vida profissional, principalmente porque
aprenderam que, na vida, tudo deve ser conseguido com seu esforço próprio e com
o respeito mútuo e que, aprender com a vivência dos mais velhos é a mais
importante dádiva que um filho pode receber na vida.
Esses terão sempre motivação para a vida. Esses
desenvolverão e conhecerão a sua própria identidade e o seu caráter. Esses
estarão sempre criando novas perspectivas de vida, com base nos ensinamentos que
cultivaram ao longo de todo esse aprendizado, iniciado em casa e complementado
na escola.
Já os demais...
Os demais são o resultado da falta do “não”, que deu a eles
a impressão de que o mundo gira ao redor dele mesmo, e que sua vontade é a que
deve prevalecer.
Exemplos? Susane von Richthofen e muitos outros, que
acabaram matando aqueles que os criaram, sem os tradicionais “nãos”, que ensinariam
o caminho correto da vida.
Como eu disse antes, não vou me alongar nesses... ficaria
muito triste para uma postagem nossa...
É isso aí, amigos!
Tenham um bom domingo!
Mas, antes, inscrevam-se em nosso canal e ativem o sininho.
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