A avaliação escolar é um dos pontos mais mal-entendidos de
todo o processo educacional e, por isso, acaba sendo o principal responsável
pelo fracasso da aprendizagem no Brasil, além de ser o que mais contribui para
a exclusão social.
Vamos começar analisando, a partir de seus resultados
específicos, os seus objetivos verdadeiros, e não aqueles descritos na
literatura.
Para isso vamos fazer uma análise prática de casos, com base
na realidade, sintetizando nossos exemplos, em três realidades distintas:
Caso 1: Escola com avaliação tradicional, composta de
testes, trabalhos e provas com datas marcadas e semana de prova ao final de
cada unidade letiva.
Os alunos estudam nas vésperas das avaliações, conseguindo
bons resultados por estarem com os assuntos gravados na memória de trabalho
(temporária).
Alunos satisfeitos por terem obtido boas notas, mesmo
sabendo que, dias após as provas, já não conseguiriam obter os mesmos
resultados. Mas, como o que conta para sua aprovação é a nota, e não se o
assunto foi realmente aprendido, o aluno se satisfaz com a nota e, na maioria
das vezes, nem se preocupa com o que errou, jogando, inclusive, a prova fora.
Professores corrigem as provas e ficam satisfeitos com os
resultados, mesmo sabendo que, se aplicarem as mesmas provas dois dias depois,
os resultados não seriam os mesmos. O professor analisa apenas as notas obtidas
pelos alunos e não, quais as questões que não foram aprendidas.
Pais satisfeitos com as notas dos filhos e acreditando que
estão aprendendo alguma coisa. Só saberão que isso é mentira no momento de um
concurso ou vestibular, já que terão que estudar tudo a partir do zero!
Conclusão do caso 1: ENGANAÇÃO COLETIVA - Todos se enganam
com os resultados, que são apenas números, ou seja, as notas. O resultado real
da aprendizagem é nenhum.
Caso 2: Escola comprometida com elevado índice de aprovação
em vestibulares.
Os alunos fazem provas tipo simulado todos os sábados, com
questões de diversas matérias, tornando difícil o estudo apenas nas vésperas
das provas.
Alunos estressados e ansiosos para obterem bons resultados,
já que essas notas serão as que os aprovarão, ou não, no ano letivo.
Professores estressados necessitando melhorar nível de
acertos nas provas, excluindo, pelas notas, os que não conseguirem acompanhar o
nível da turma.
Pais angustiados com fracassos pontuais de seus filhos,
contratando reforço para matérias com mais dificuldades, para que o filho
acompanhe o nível de sua turma.
Conclusão do caso 2: ESCOLA QUE SELECIONA, CLASSIFICA E EXCLUI
– Alunos com ambiente doméstico com estímulo ao estudo e à pesquisa conseguem
se sair bem e ter bom nível de aprendizado. Alunos sem esse ambiente doméstico
não conseguem acompanhar o nível da turma e são excluídos pelas notas ou pelo
estresse.
Caso 3: Escola dedicada ao acompanhamento individual da
aprendizagem.
Alunos fazem provas frequentes e de surpresa, sem a
possibilidade de estudar nas vésperas.
Professores corrigem as provas e as entregam, de volta, para
que os alunos, em casa, estudem as questões que não acertaram.
Professores exigem, dos alunos, a comprovação de que já
aprenderam as questões não acertadas.
Alunos que não entenderam recebem novas explicações ou ajustes
em seu nível de entendimento.
A preocupação do professor é com os assuntos que ainda não
foram aprendidos pelos alunos e não pelas notas.
Conclusão do caso 3: ESCOLA QUE GARANTE A APRENDIZAGEM DE
TODOS – Alunos aprendem todos os assuntos e estarão sempre preparados para a
vida e a profissão, cada um dentro de seu nível intelectual e capacidade
cognitiva.
Importante que não basta constatar que o tipo 3 é o mais
correto. Precisamos analisar como aplicar a avaliação dessa forma, como
realizar os registros numéricos de médias, nos sistemas de ensino que os
exigem, e tudo o mais.
Nós, no IUPE, já aplicamos esse método e ele será ensinado
nos nossos cursos de Metodologia Educacional Inclusiva, esse ano, sendo o
primeiro em Salvador, dia 25 de janeiro, na nossa sede, cujas inscrições já
estão abertas e o segundo em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, dias 16 e 17 de
fevereiro, na Clínica Psicolúdico, também com inscrições já abertas.
Peço a todos os que tomarão parte desses nossos cursos que assistam
todos os nossos vídeos e, se possível, analisem cada detalhe, para que o
momento do curso seja o mais eficaz possível.
Lembro para quem não é inscrito, para que se inscreva, dê
seu LIKE, ative o sininho e compartilhe com todos os seus amigos e em suas
redes sociais.
Precisamos ter mais gente com a gente nesse trabalho de
transformação social pela educação responsável.
Forte abraço!
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